20 de dezembro de 2009
ou nós ou o palhaço
O palhaço by Mário Crespo
2009-12-14 in Jornal de Notícias
"O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.
Ou nós, ou o palhaço."
9 de dezembro de 2009
"deixa-me sentar numa muvem..."
Claridade dada pelo tempo
I
Deixa-me sentar numa nuvem
a mais alta
e dar pontapés na Lua
que era como eu devia ter vivido
a vida toda
dar pontapés
até sentir um tal cansaço nas pernas
que elas pudessem voar
mas não é possível
que tenho tonturas e quando
olho para baixo
vejo sempre planícies muito brancas
intermináveis
povoadas por uma enorme quantidade
de sombras
dá-me um cão ou uma bola
ou qualquer coisa que eu possa olhar
dá-me os teus braços exaustivamente
longos
dá-me o sono que me pediste uma vez
e que transformaste apenas para
teu prazer
nos nossos encontros e nos nossos
dias perdidos e achados logo em
seguida
depois de terem passado
por uma ponte feita por nós dois
em qualquer sítio me serve
encontrar o teu cabelo
em qualquer lugar me bastam
os teus olhos
porque
sentado numa nuvem
na lua
ou em qualquer precipício
eu sei
que as minhas pernas
feitas pássaros
voam para ti
e as tonturas que a planície me dá
são feitas por nós
de propósito
para irritar aqueles que não sabem
subir e descer as montanhas geladas
são feitas por nós
para nunca nos esquecermos
da beleza dum corpo
cintilando fulgurantemente
para nunca nos esquecermos
do abraço que nos foi dado
por um braço desconhecido
nós sabemos
tu e eu
que depois de tudo
apenas existem os nossos corpos
rutilantes
até se perderem no
limite do olhar
dá-me um cigarro
mesmo que seja só um
já me basta
desde que seja dado por ti
mas não me leves
não me tires
as tonturas que eu teria
que eu terei
sempre que penso cá de cima
duma altura vertiginosa
onde a própria águia
nada mais é que um minúsculo
objecto perdido
onde a nuvem
mais alta de todas
se agasalha como um cão de caça
leva-me a recordação
apenas a recordação
da vida martelada
que em mim tem ficado
como herança dada há mil e
duzentos anos
deixa que eu fique
muito afastado
silencioso
e único
no alto daquela nuvem
que escolhi
ainda antes de existir
II
Deixa que eu quebre tudo que tenho e que terei
tudo o que é de todos e que só a mim pertence
deixa-me quebrar o cavalo que me deste
na noite do nosso primeiro encontro
deixa-me partir a bola o cão o espaço
deixa-me quebrar a minha casa e a minha cama
a minha única cama
não quero que me contem a aventura
nem que me dêem almofadas
não quero que me ofereçam sombras
só por mim construídas e logo abandonadas
nem sequer esquinas de ruas
não quero a vida
sei claramente que a não quero
a não ser que ela esteja partida quebrada
quebrada por mim e por ti
e a minha infância
essa dou-ta
inteira muito longa e cruel
deixa que dela me fique apenas
essa crueldade
e que nela só eu siga
ignorando o que me deste
e que
martelo ou pedra
eu continue partindo quebrando
esfacelando dilacerando
o teu corpo que já não está ao meu alcance
deixa-me ser anatomicamente autêntico
sem erro
sangrando
perdido para sempre
III
Viver com a crueldade
da criança que
tira os olhos ao pássaro
.
um desconhecido
movendo-se constantemente
no deserto
em que cada pegada deixa
bem marcada na areia
a imagem
dessa outra existência
em que a morte e a memória
ainda nada significam
mais alto
muito mais alto talvez
que a claridade
do voo das aves que
partem para o desconhecido
o próprio corpo nada mais é
do que a sombra
bem simples por sinal
em que,
por erro nosso ou dos outros,
já não existe
a persistência do que
foi perdido
e as mãos
as mãos que sentimos
bem presas seguras aptas
essas
todos sabemos
que podem ainda cada vez mais
esmagar com cuidado
com extremo cuidado
dilacerar suavemente
nos olhos
está o amor
IV
Simples como é
a claridade é a coisa
mais difícil de encontrar
talvez porque a distância que nos
separa longa muito longa
e nítida
seja a torre de chumbo do nosso
próprio isolamento
talvez porque sentir
o aparecimento da madrugada
seja a origem do desespero
sombra trópico lâmina
entre nós dois
ouve o que te digo
não esqueças os meus lábios
mesmo quando desfeitos
e a claridade
essa não a procures não nunca
deixa-a ir comigo
até ao esgotamento do meu sangue
até ao limite
do meu corpo em carne viva
V
Eu sei
que há um lugar por descobrir
um lugar tenebroso e cantante
como uma ponte de velhos manequins
aí
o teu corpo
dois seios despedaçados
e o vento só o vento
soprado através
dos teus cabelos
(In Surreal Abjeccion(ismo)
MÁRIO-HENRIQUE LEIRIA
O Surrealismo na Poesia Portuguesa
organização, prefácio e notas
Natália Correia
2ª edição
frenesi
2002
23 de novembro de 2009
os autocarros
Os amigos são como os autocarros. Há sempre um para cada direcção que tomemos. Há amigos que partem e outros que nunca chegamos a apanhar. E há desvios e voltamos a apanhar o mesmo.
Muitas vezes não aproveitamos as viagens que fazemos juntos. Carregamos no botão da paragem antes do tempo e depois...
...depois, apanhamos o próximo!
21 de novembro de 2009
entre Pesquera e Ferreirinha e muito mais...
Há encontros ligeiros e há encontros importantes!
Esta fotografia regista um grande encontrão! Daqueles com mais de 3 ou 4 décadas desde a a primeira vez. Dos Bons, Bem regados e Bem comidos, com risadas e sem merdas!
Criado absolutamente por interesse!!! Interesse ou desejo em estarmos juntos e passarmos o melhor que pudermos esses momentos! E estamos a aprender a fazê-lo e por agora vamos continuar a repetir para atingir a excelência!
repeti este ano !
O ano passado fiz anos em 14 de Novembro. Este ano repeti, na mesma data, mas fiz mais um. Isto para quem quiser é só fazer as contas e fica logo a saber que nasci em 1960. Um excelente ano a avaliar pelas magníficas colheitas que tem produzido.
Continuo a concordar com tudo o que escrevi há um ano atrás.
Ao longo do ano acrescentei surpresas e quase todas bastante positivas, talvez porque foram as que vale a pena recordar.
E agora é continuar a viver com tesão cada dia que passa... e como é normal serão uns dias com mais e outros com menos.
8 de novembro de 2009
O tempo
17 de abril de 2009
19 de fevereiro de 2009
The Mom Song.
Há coisas que nunca mudam. Fixe!
O que uma mãe diz em 24 horas condensado em 3 minutos.
18 de fevereiro de 2009
encontrei um novo amor
Ainda aqui não vim para contar de uma nova paixão. Desde Setembro que tenho vindo a experimentar os prazeres da Vela.
Estou a aprender fazendo. Faço parte hoje de uma tripulação com aquele orgulho que modestamente ostento por sido muito bem aceite entre quem já navega há muito.
Encontrei um grupo novo. De gente gira que num meio muito competitivo, pratica um corporativismo bom.
É uma actividade de grupo em que se sente efectivamente o conjunto. Não há lugar a estrelas. A bordo todos temos um lugar que apenas se destaca por estar no sitio certo no momento em que é necessário. Haverá poucos desportos em que este sentimento tenha expressão mais forte.
Tem sido uma paixão com muitos amaços, nódoas negras e dores musculares. E que bom que tem sido.
Ainda tenho alguma dificuldade em colocar por palavras os cheiros e sabores de ali estar à mercê do vento e ao sabor das ondas.
Ouvir o passar do vento através das velas, o rasgar da água ou os gritos de alerta que se dão numa partida são momentos únicos de grande prazer. Já para não falar do gozo imenso de estar debaixo de chuva, de ficar ensopado até aos ossos e nem o sentir.
Voltarei para falar do barco, da amizade e da nossa Skipper, das Regatas.
Estou a estudar. A ler e reler manobras, a aprender os termos e a tentar perceber como se faz. Às vezes o que leio parece-me quase "alemão" mas com insistência e alguma atenção vou progredindo. Haja paciência para quem me convidou nesta iniciação e me aceitou com generosidade.
Ah! E encontrei um novo amor, mas isso é matéria de terra seca. Nada tem a ver com Vela. Aparece aqui porque as paixões comigo são assim mesmo...nada têm a ver com nada!
16 de fevereiro de 2009
Seeds of Science
O Prémio Seeds of Science, na categoria «Engenharia e Tecnologia», distingue o trabalho que a investigadora Elvira Fortunato da FCT tem desenvolvido na área de materiais semicondutores e electrónica.Recentemente, Elvira Fortunato foi a vencedora do primeiro prémio de Engenharia do European Research Council, que lhe atribui a maior bolsa jamais dada a um cientista português: 2,25 milhões de euros.Já este ano, Elvira Fortunato e a equipa de investigadores que coordena conjuntamente com Rodrigo Martins (seu marido) foram notícia em todo o mundo por causa de uma descoberta científica surpreendente: o transístor de papel.Foi no CENIMAT (Centro de Investigação de Materiais da FCT) que foi produzido, pela primeira vez, um transístor que integra uma camada de papel na sua estrutura. Uma descoberta que vem abrir um mundo novo de possibilidades: ecrãs de papel, etiquetas e pacotes inteligentes, chips de identificação ou aplicações médicas. Com a vantagem da nova tecnologia ser, além de barata, amiga do ambiente. Elvira Fortunato foi a vencedora do primeiro prémio na área de Engenharia do European Research Council (ERC), um dos galardões que se equiparam aos Nobel.E tudo isto se passa na minha terra. Parabéns à Elvira e ao Rodrigo. Gosto deles são fantásticos. Foram homenagiados pelo meu RTY Clube como Profissionais do Ano. Nada mais merecido.
14 de fevereiro de 2009
13 de fevereiro de 2009
in a flu
Na terça feira fui fazer uma das coisas que profissionalmente mais prazer me deram fazer ao longo dos anos. Fui visitar uma obra.
Para quem, como costumo dizer, praticamente nasci no meio dos tijolos, é uma coisa muito pessoal.
O meu Pai começou jovem a sua vida profissional entre obras. Primeiro como fiscal autárquico, depois como promotor e mediador imobilário.
Talvez por isso me foi tão fácil iniciar a minha carreira profissional também por aí.
Aos 4 ou 5 anos já estava habituado a andar pelas obras e a ver crescer um prédio. Talvez por isso também o meu gosto por fazer acontecer as coisas.
Ao longo dos anos planeei, discuti e desenvolvi muitos metros quadrados de habitação, escritórios e comércio e finalmente as áreas de serviço e os postos de abastecimento. Estive na génese da abertura de avenidas, estradas e auto-estradas. atravessei quintas, desci ao fundo de escavações e galerias e subi ao topo de edifícios, muitas vezes "pendurado" naquelas gaiolas que assustam quem as vê de fora e não menos a quem lá vai dentro.
Botas de obra, colete refletor e capacete eram parte da tralha que estava sempre na mala do carro. Depois o Marketing e as vendas e no fim a gestão do património e o pós-venda. Um ciclo que só se completava quando visitava um dos espaços que tinha ajudado a conceber, fosse habitação ou terciário e o via humanizado pelos utilizadores finais, afinal para quem tinhamos trabalhado muitas vezes ao longo de mais de dois anos.
E era partir para outra. E tem sido assim desde há 25 anos.
Mas o que eu queria mesmo dizer era que na terça-feira fui visitar uma obra. Desta vez de um amigo. Um edifício de habitação com arquitectura cuidada e bom gosto nos acabamentos, com qualidade e soluções inovadoras, algumas das quais já a fazer escola. Fiquei orgulhoso de ser seu amigo.
Mas afinal tudo isto para dizer que me constipei. Gripei. Sei desde sempre que não há ambiente mais terrível para um "animal doméstico" do que uma obra sem rebocos e sem janelas.
Valeu a pena.
Para quem, como costumo dizer, praticamente nasci no meio dos tijolos, é uma coisa muito pessoal.
O meu Pai começou jovem a sua vida profissional entre obras. Primeiro como fiscal autárquico, depois como promotor e mediador imobilário.
Talvez por isso me foi tão fácil iniciar a minha carreira profissional também por aí.
Aos 4 ou 5 anos já estava habituado a andar pelas obras e a ver crescer um prédio. Talvez por isso também o meu gosto por fazer acontecer as coisas.
Ao longo dos anos planeei, discuti e desenvolvi muitos metros quadrados de habitação, escritórios e comércio e finalmente as áreas de serviço e os postos de abastecimento. Estive na génese da abertura de avenidas, estradas e auto-estradas. atravessei quintas, desci ao fundo de escavações e galerias e subi ao topo de edifícios, muitas vezes "pendurado" naquelas gaiolas que assustam quem as vê de fora e não menos a quem lá vai dentro.
Botas de obra, colete refletor e capacete eram parte da tralha que estava sempre na mala do carro. Depois o Marketing e as vendas e no fim a gestão do património e o pós-venda. Um ciclo que só se completava quando visitava um dos espaços que tinha ajudado a conceber, fosse habitação ou terciário e o via humanizado pelos utilizadores finais, afinal para quem tinhamos trabalhado muitas vezes ao longo de mais de dois anos.
E era partir para outra. E tem sido assim desde há 25 anos.
Mas o que eu queria mesmo dizer era que na terça-feira fui visitar uma obra. Desta vez de um amigo. Um edifício de habitação com arquitectura cuidada e bom gosto nos acabamentos, com qualidade e soluções inovadoras, algumas das quais já a fazer escola. Fiquei orgulhoso de ser seu amigo.
Mas afinal tudo isto para dizer que me constipei. Gripei. Sei desde sempre que não há ambiente mais terrível para um "animal doméstico" do que uma obra sem rebocos e sem janelas.
Valeu a pena.
6 de fevereiro de 2009
voltar
Às vezes volto.
Como hoje voltei aqui, volto aos sítios, às pessoas.
Encontro pedaços meus que já não recordava e descubro outros que nem sabia que existiam.
Um jantar com amigos que não via há meses. Um encontro na rua com uma paixão anterior. Uma conversa com uma amiga que desconheço por ser distante o encontro que se fez antes.
Tudo numa noite, mas poderia ter sido num ano que seria igual.
Voltar para mim nunca é regressar. É partir de novo, é começar outra vez.
E escrever (mesmo que o sentido do que escrevo não consiga ser impresso no ecran do computador), é guardar algo a que voltar.
Voltar é parte do tapete em que tropeço, me enrolo e por vezes voo.
Como hoje voltei aqui, volto aos sítios, às pessoas.
Encontro pedaços meus que já não recordava e descubro outros que nem sabia que existiam.
Um jantar com amigos que não via há meses. Um encontro na rua com uma paixão anterior. Uma conversa com uma amiga que desconheço por ser distante o encontro que se fez antes.
Tudo numa noite, mas poderia ter sido num ano que seria igual.
Voltar para mim nunca é regressar. É partir de novo, é começar outra vez.
E escrever (mesmo que o sentido do que escrevo não consiga ser impresso no ecran do computador), é guardar algo a que voltar.
Voltar é parte do tapete em que tropeço, me enrolo e por vezes voo.
7 de janeiro de 2009
às vezes às quartas é assim
You are usually ready to dig beneath the surface to discover the hidden truth. However, now you are more likely to avoid the emotional intensity by dancing around the edges of a significant issue. Even if you feel a bit isolated or emotionally detached, there's no urgent need to solve every mystery today. Give yourself permission to just go along with the energy and see where the flow takes you.
1 de janeiro de 2009
Decisão
24 de dezembro de 2008
É Natal
3 de dezembro de 2008
o garfo do lado esquerdo do prato
Fiz anos. Em 14 do mês passado.
Não sou de fazer aqueles exercícios chatos de pensar na vida só porque faço anos.
Nada disso, mas nos últimos tempos tenho tido bastante tempo disponível para mim, e estou predisposto a ter mais cuidado com a forma como o uso.
Até parece asneira, mas não é. E se pensarmos bem é assim mesmo que acontece. Quando temos muito tempo ocupado com muitas coisas acabamos por encontrar pouco tempo para pensarmos em nós próprios. Para usar connosco.
E deu-me para pensar nos erros de casting que tenho feito ao longo do tempo.
Escolhas amorosas. Escolhas profissionais. Caminhos de vida.
Escolhas amorosas. Escolhas profissionais. Caminhos de vida.
Bolas!
Fiz umas quantas escolhas ao lado.
Nada de grave. Nada que mereça arrependimento (qualquer que seja o conceito que se encerra por detrás da palavra).
Escolhi mal amigos? Percursos profissionais? Amores? Moradas? Claro que sim!
E depois?
Depois cheguei aqui. Mais preparado, sofrido e desperto (não confundir com esperto).
Não será porque hoje tenho tempo para pensar nisto, que não voltarei a cometer os mesmos erros (de casting)
Afinal é essa a maior beleza da vida - Não saber o que nos está reservado.
Não acredito em futuros condicionados. Continuo a gostar de fazer acontecer as coisas e continuarei a apaixonar-me.
Pela vida e pela pessoas. Pelas coisas e pelos sabores que consigo extrair delas.
E a errar! E a seguir!
Mas estou a mudar.
Estou menos exigente com os amigos. Continuo disponível como antes mas já não desejo da mesma forma que eles também o sejam comigo.
Estou menos exigente com as coisas que me rodeiam. Já não é importante que o garfo esteja do lado esquerdo do prato só porque sou destro.
Estou a fazer escolhas mais criteriosas, mais fundamentadas. A apreciar melhor as vantagens das minhas escolhas em função dos critérios adoptados.
Afinal estou mais velho!
16 de outubro de 2008
detesto ter razão
Porque será que muita gente diz: -detesto ter razão, quando acontece alguma coisa que eles dizem que aconteceu e que pensam que aconteceu apenas porque querem que acreditemos que eles já tinham préviamente falado disso?
Parece-me bastante idiota.
Faz-me lembrar uma velha conhecida que quando íamos a um restaurante em grupo, às vezes mais de 50 pessoas, e não gostava da ementa préviamente escolhida, chamava um empregado e pedia dieta. Até aqui tudo normal.
O problema começava quando ela passava a refeição toda a dizer: - eu é que fui inteligente, enquanto comia um prato diferente dos demais e apenas porque o estava a fazer!
Afinal não me parece idiota...é mesmo!
...detesto ter razão.
Parece-me bastante idiota.
Faz-me lembrar uma velha conhecida que quando íamos a um restaurante em grupo, às vezes mais de 50 pessoas, e não gostava da ementa préviamente escolhida, chamava um empregado e pedia dieta. Até aqui tudo normal.
O problema começava quando ela passava a refeição toda a dizer: - eu é que fui inteligente, enquanto comia um prato diferente dos demais e apenas porque o estava a fazer!
Afinal não me parece idiota...é mesmo!
...detesto ter razão.
psl vs jlc
Se o Pedro for candidato, como acho que deveria ser, e mesmo que se pense que vai perder, e mesmo que perca, eu vou apoiá-lo. Até volto a ser militante!
Assim como assim deixei de pagar as quotas do Benfica por isso...
Assim como assim deixei de pagar as quotas do Benfica por isso...
seleçon
Há uma coisa boa que o Queiroz fez: - Correu com o Ricardo!
O resto não percebo, mas deve ser mesmo por eu achar que na FPF a começar pelo Boss a coisa está negra.
O resto não percebo, mas deve ser mesmo por eu achar que na FPF a começar pelo Boss a coisa está negra.
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