4 de janeiro de 2007

ano novo, vida nova...nahhhhhhhh


E vai ser? Porquê?

O que de novo interessa já vem do ano passado. E se não vem vai ser interessante quer o ano seja novo ou já usado. E quando é que o ano deixa de ser novo? Dia 1 às 14h00? Dia 4 às 02h00? Ou dia 3 de Outubro mais ou menos pelas 17h00 e qualquer coisa, mais minuto menos minuto e 33 segundos?

Claro que ganhar o euromilhões dava jeito, mas isso pode ser em qualquer uma das 52 semanas do ano. E isso é que dava uma vida nova do género igual à anterior mas em melhor.

Porque é que a mudança de ano deve trazer coisas novas? É este ano que vou ao ginásio! E porquê a partir de Janeiro? E porque não a partir de dia 22 de Novembro? É o mesmo ano...não é?

Coisa mais poucochinho esta de fazer votos para o ano novo. Para a mudança. Como se a coisa mudasse só porque o calendário mudou. Ou apenas porque se fazem desejos com passas.

Nada disso.

Eu estava com a flute de champagne na mão quando o meu filho veio ter comigo a dizer que queria companhia para ir fazer xixi. E lá fomos que a torneirinha do puto tem prioridade sobre muito.

E foi engolir as passas de repente, às duas e três de cada vez, empurradas pelo VCP e nem me lembro dos desejos.

Devem ter sido coisas espirituais, emocionais e materiais. De certeza.

É sempre a mesma coisa. Não há como escapar...que poucochinho.

E as fitas da Baía? E a fada dos dentes? e o PN? E trincar as velas dos anos e ir para debaixo da mesa? E molhar o dedo na pinga de vinho que caiu na mesa e tocar a parte de trás da extremidade mole e arredondada do pavilhão auricular? Isso sim é que são usos giros e úteis.

Ano novo, vida nova? Nahhhhhhhhhhhhh. Mas para melhor...sempre a andar.

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