Muita gente não gosta dele.
Eu gosto e parece que de vez em quando até temos pontos em acordo. Já vem dos tempos da colagem de cartazes e da Buenos Aires.
29 de setembro de 2007
é assim mesmo
26 de setembro de 2007
25 de setembro de 2007
amigos
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um rapaz inteiramente igual a cem mil outros rapazes. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
- A minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens caçam-me. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu aborreço-me um pouco. Mas se tu me cativas, a minha vida ficará cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos fazem-me entrar debaixo da terra.
Os teus vão chamar-me para fora da toca, como se fossem música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem queria, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas para conhecer.
- Nós conhecemos bem as coisas que cativamos, disse a raposa. Os homens não têm tempo de conhecer mais nada. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu sentas-te primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu vou olhar-te com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é um dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não não ganhaste nada!
- Ganhei, disse a raposa, por causa da cor do trigo".
É bom fazer amigos.
23 de setembro de 2007
21 de setembro de 2007
aniversário do "Amélia"
olha olha
"algumas confusões podem instalar-se no seu campo laboral, suscitadas por pessoas peritas em criar problemas. Mantenha a serenidade necessária, nao tome decisões radicais que terão apenas como consequência denegrir a sua imagem.
Pois...
19 de setembro de 2007
bem-meKer com muito carinho
Aconteça o que acontecer sinto que vou estar sempre próximo da K.
Hoje estava gira. Particularmente brilhante. Tem um sorriso muito bonito que mostra de vez em quando. Quando está bem, quando fala das ks. Quando...
É uma AMIGA. Uma companheira díficil de deixar. Uma mulher bonita e corajosa que ela nem sempre sente que é.
Sinto-me bem ao lado dela. Faz-me sentir a vida dentro de mim. Fmb.
É uma paixão grande.
Veio em meu socorro. Almoçámos, Falámos. Lembrei-me de um texto de Charlie Chaplin, de que gosto e que lhe disse que partilharia com ela.
É mais ou menos assim:
"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já ri quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
caí e levantei-me,
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
apaixonei-me por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi,
e ainda vivo!
Não passo pela vida…E tu também não deverias passar!
Vive!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é “muito” pra ser insignificante"
18 de setembro de 2007
estou baralhado
Estou baralhado.
Hoje deixaram-me sem palavras.
Estranho. E ainda não sei o que dizer.
Fiquei sem palavras. Pronto!
I'm out here on the street
There's no one left to meet
The things that were so sweet
No longer move my feet
...
All that I want is
Stillness of heart
lenny kravitz - st... |
resiliência
17 de setembro de 2007
mais um
15 de setembro de 2007
14 de setembro de 2007
o irresistível encanto da ambiguidade - 1
Estava quase a descobrir o que se encontrava para lá daquele portão.
Tinha ali chegado sem saber como. Tudo começou quando de manhã, em vez de ir pelo caminho habitual, escolheu saltar muros e atravessar uma quinta das que rodeavam aquela em que vivia desde há pouco mais de 1 ano, e a qual jamais havia visitado.
Estava certo que não iria encontrar nada de muito diferente. Afinal todas aquelas quintas tinham pertencido ao mesmo Senhor e de uma forma ou de outra não seriam muito diferentes.
Deteve-se quando viu aquela luz filtrada que chegou até ele, lá do cimo daqueles degraus negros.
O portão estava aberto e até parecia que era assim que era costume estar.
A fechadura tinha sido arrancada sabe-se lá quando.
Estava contente. Tinha sido capaz de saltar muros altíssimos, pelos menos assim lhe tinham parecido. Tinha corrido e caminhado por veredas e carreiros estreitos sem se arranhar ou mesmo rasgar as roupas.
Sabia bem o que lhe diriam os pais se ao chegar a casa se apresentasse de joelhos e pernas magoadas e esfoladas - que era irresponsável e que nunca prestava a atenção necessária ao que estava fazer. Tambem sabia que estes reparos não eram mais do que cuidados de pais preocupados e interessados. Outrossim desconfiava do mesmo tipo de reparos vindos dos professores. Tinha até a certeza de que desse lado só apareciam pela convencionada preocupação que um professor deve demonstrar pelo seu rebanho. Nem todos seriam assim. Ele é que tinha tido azar.
Gostava de ir para a escola. Não ia sempre pelo mesmo caminho. Gostava da descoberta, da adivinhação do que iria encontrar, mesmo que muitas vezes apenas resultasse de um novo olhar pelos mesmos elementos de sempre. Para ele bastava.
Que iria encontrar ao cimo dos degraus?
Nota do escriba
Este é o primeiro de muitos textos desta história. Não sei quando voltarei mas voltarei.
se me olvidó que te olvidé
Comprei hoje um CD que se chama Lágrimas Negras.
Um encontro acertado da voz de Diego El Cigala com o piano de Bebo Valdés. Cinquenta anos de diferença, e milhares de Km de distância, entre o primeiro de voz cigana do Famenco e o segundo pianista Cubano.
São Boleros e ritmos Afro-cubanos com um cheirinho a Brasil, que há que ouvir para sentir.
Entre os nove temas escolho o sexto por me parecer apropriado para celebrar todos os que se afirmam o que não são.
Se me olvidó que te olvidé
by Dieguito El Cigala
letra de Lolita de la Colina
Yo te recuerdo cariño
mucho fuiste para mí
siempre te lhamé mi encanto
siempre te lhamé mi vida
hoy tu nombre se me olvida
se me olvidó que te olvidé
se me olvidó que te dejé
lejos muy lejos de mi vida
se me olvidó que ya no estás
que ya ni me recordarás
y volvió a sangrar la herida
se me olvidó que te olvidé
y como nunca te encontré
entre las sombras escondido
y la verdad no se porqué
se me olvidó que te olvidé
a mi que nada se me olvida
06 - Se Me Olvidó ... |
whatever people say I am, that's I'm not...
Uma boa amiga dizia há dias como se perguntasse: Será que tu não consegues ter um ano calmo?
Desde 2004, parece que não.
As mudanças têm sido muitas e algumas apareceram sem aviso prévio.
Não sou um ferveroso adepto da mudança mas dentro da minha idiossincrasia acho que não me dou muito mal, tirando algumas reacções iniciais que não são mais do que as emoções a falar antes da razão. Mas ando a tratar-me.
Sou habitualmente optimista e na mudança encontro sempre algo que posso aproveitar para construir de novo. Encontro a novidade.
E de novidades gosto eu.
Os dias vão diferentes.
As constantes passaram a equações mas cuja resolução "é mais fácil de entender".
Dou comigo a sentir-me quase adolescente na forma de encarar o presente.
Dou comigo a sentir-me bem. Sabendo que amanhã tudo pode mudar de novo.
Que vai mudar de novo.
Paixão, luz, castelos, sol, sons, namoro, outono, sonho, vida, novidade, eu.
Estou a construir.
antes do sono
Gosto de o ler de vez em quando.
Não é simples mas eu não gosto de coisas simples.
Por hoje e porque já é amanhã fica este pequeno texto a propósito.
A Traição
...quando do cavalo de tróia saiu outro
cavalo de tróia e deste um outro
e destoutro um quarto cavalinho de
tróia tu pensaste que da barriguinha
do último já nada podia sair
e que tudo aquilo era como uma parábola
que algum brejeiro estivesse a contar-te
pois foi quando pegaste nessa espécie
de gato de tróia que do cavalo maior
saiu armada até aos dentes de formidável amor
a guerreira a que já trazia dentro em si
os quatro cavalões do vosso apocalipse...
by Alexandre O'Neill (1924-1986)
is that alright?
Boa pergunta...
Para ler (ouvir) na companhia deste video da Grey's Anatomy, uma série excelente com uma banda sonora excelente - boas histórias para ver antes de dormir.
9 crimes by Damien Rice
Leave me out with the waste
This is not what I do
It's the wrong kind of place
To be thinking of you
It's the wrong time
For somebody new
It's a small crime
And I've got no excuse
Is that alright with you?
Give my gun away when it's loaded
Is that alright with you?
If you don't shoot it how am I supposed to hold it?
Is that alright with you?
Give my gun away when it's loaded
Is that alright with you, with you
Leave me out with the waste
This is not what I do
It's the wrong kind of place
To be cheating on you
It's the wrong time
but she's pulling me through
It's a small crime
And I've got no excuse
Is that alright with you?
Give my gun away when it's loaded
(Is that alright with you?)
Is that alright with you?
If you don't shoot it how am i supposed to hold it?
(Is that alright with you?)
Is that alright with you?
Give my gun away when it's loaded
Is that alright
Is that alright with you?
Is that alright?
Is that alright?
(Give my gun away when it's loaded)
Is that alright with you?
(If you don't shoot it how am I supposed to hold it?)
Is that alright?
Is that alright?
Is that alright with u?
No...
11 de setembro de 2007
nine eleven...again
Atreve-te a pensar diferente!
Por mim, por ti, contra os fdp que andam soltos por aí.
come in....
Hoje acordei com a Regina Spektor na Radio Comercial.
À vontade não é à VONTADINHA.
Come in to my world não é convite que eu faça muito frequentemente, mas...
Bora lá mas com jeitinho...dear, dear friend.
Come in..
Come in..
come into my world
I've got to show show show you
come into my bed
I've got to know know know you
I have dreams of orca whales and owls
but I wake up in fear
you will never be my, you will never be my fool
will never be my fool
Floaters in my eyes
wake up in the hotel room
cigarettes and lies
I am a child, it's too soon
I have dreams of orca whales and owls
but I wake up in fear
you will never be my, you will never be my fool
will never be my fool
a little bag of cocaine
a little bag of cocaine
so is the girl wearing my dress
I figured out her number
inside a paper napkin
but I don't know her address
I wade downstairs
the porter smiles to me
a smile I've bought
with a couple of gold coins
a sign that I've been caught
I have dreams of orca whales and owls
but I wake up in fear
you will never be my, you will never be my dear
will never be my dear, dear friend
my dear, dear friend...
by Regina Spektor - Hotel Song
6 de setembro de 2007
Never give in... never, never, never, never, in nothing great or small, large or petty, never give in except to convictions of honour and good sense.
Para os meus amigos. Obrigado por serdes quem soides.
nessun dorma
Morreu Pavarotti. Morreu um grande Homem.
Mas porque porra andam estes a morrer e ficam cá os outros?
Este que era grande por fora e por dentro, prometeu ajudar as crianças e não os adultos.
Cantou cá. Era rico em amigos e cantou com muitos...hoje nessum dorma.
my baby just cares for me
Mary...esta é quase a pedido.
Nina Simone é uma visita habitual e neste inicio de ano volta como volta quase tudo.
Não está de mornas o tempo que corre, mas às vezes é o lado das coisas que não se deixa ver que vale a pena reter.
começou mais um ano nos Maristas
mariza
Grande voz.
Daquelas que não se esquecem.
Nomeada para um Grammy...na categoria de musica folk... ( onde é que eles fora buscar essa coisa...mas isso agora não interessa nada)... demontrou mais uma vez que é uma das vozes mais poderosas da nossa terra.
Senhora de uma beleza serena, de uma capacidade incrivel de amar o que faz, é merecedora de isso e muito mais.
Já ia atrasada a nomeação depois do award em World Music atribuído pela BBC no ano passado.
Parabéns.
"a vida é aquilo que acontece enquanto planeamos o futuro"
esses grandes filhos da puta
no Meco...e preparado para mais!
Mar calmo; sol lindo; AMIGOS; Bombay; Banho; Perfume; Jantar pela noite quente; SAUDADE...BEIJOS.
Foi assim que eu descrevi o meu final de dia...sábado...no Meco.
Saí lá daquela coisa na sexta feira pelas 16h00 e depois de passar por casa para arrumar umas t-shirts e as crocks num saco, parti em rumo ao Meco.
Eram ainda 17h30 e já eu estava sobre o areal.
Estava cheio, diria mesmo à pinha. De onde veio aquela gente toda? porque não vão para o Algarve? Ou para Cuba? ou para a Aldeia de Paio Pires? Cambada...
O que é verdade é que nem dei muito por eles. Fquei por ali sózinho com o "Todo o mundo" e fui deixando que o sol me acompanhasse naquele fim de tarde.
Fiquei e assisti à faina. Como sempre com garra e suor que estas coisas apesar dos meios mecânicos auxiliares ainda requerem muita mão de obra.
Mas o que me deixou por lá ficar foi o bem que me senti.
Pode parecer uma palermice, e certamente para aqueles que sabem o que me vai acontecendo, pode parecer estranho, mas estou a viver uma das melhores fases da minha vida.
Há muito que não me encontrava comigo de uma forma tão serena.
Sei por onde vou.
O resto do fim de semana foi igual a si mesmo. Gente nova, novos conhecidos em mistura fina com os de sempre.
AMIGOS. Poucos como convém, mas BONS.
Nem a malvada cortina do duche do Martelo conseguiu incomodar-me.
E desta vez nem tive quem me inquietasse as noites, que o casal do lado foi silencioso.
as colinas da minha cidade
La Paparrucha - ainda bem - uma vista soberba.
Mais uma colina- a segunda.
K - igual
Amo o espaço e o lugar, e as coisas que não falam.
O estar ali, o ser de certo modo,
o saber-se como é, onde é que está, e como,
o aguardar sem pressa, e atender-nos
da forma necessária.
Serenas em si mesmas, sempre iguais a si próprias,
esperam as coisas que o desespero as busque. (...)
by ANTÓNIO GEDEÃO- POEMA DAS COISAS
(*)
Cortes de Cima -D.O. / Zona: Alentejo
Castas: Syrah, Aragonês, Trincadeira e Touriga Nacional
Estágio: 11 meses em carvalho francês e americano
Graduação (% vol.): 13,5
Enólogo: Hans Kristian Jorgensen
Aroma elegante, fruta muito "jammy" e doce, baunilha bem presente, leves percepções florais, temos o novo mundo em pleno Alentejo! O difícil mesmo é não gostar de um vinho assim! A fruta salta à vista, a acidez dá-lhe a frescura necessária para assegurar o equilíbrio, está tudo no sítio certo neste tinto transtagano. Uma bela aposta no seu segmento! Vinhos como este têm todas as condições para conquistar mercados internacionais.
By 5 às 8
o meu pé de laranja lima
Brasileiro, homem de escrita fácil, sentida, quente.
Quem me deu a ler este romance foi uma namorada de Liceu, brasileira, de seu nome LUCIA.
Uma das minhas primeiras paixões. Mais velha como convinha naquela idade ida dos meus treze anos.
Naquele tempo no meu liceu, uma delegação do liceu D. João de Castro, mas em tabuinhas (já foi demolido), lá naquela que era a cidade que me viu nascer, as coisas eram muito simples. Íamos no ano de 1972/73 e ainda não era permitido (parece que hoje ainda também não é) escorregar nos corredores do liceu para depois de nos estatelarmos no chão vermos as cuecas à professora de Matemática que era uma boazona do caraças. Foi assim que fui suspenso uma semana com pena suspensa...enfim nada aconteceu.
Mas voltando ao Meu Pé de Laranja Lima, o que vale a pena recordar é que naquele tempo era fácil manter acesa a chama da paixão.
A Lucia tinha aulas de manhã. Eu tinha de tarde. Usávamos a mesma secretária. Daquelas de madeira ,cuja tampa levantava.
Ela deixava-me bilhetinhos na secretária que eu lia à tarde. Eu deixava-lhe bilhetinhos que ela lia de manhã. E assim namorávamos. Até que ela me deixou O Meu Pé de Laranja Lima.
Era tão mais fácil estar apaixonado naquele tempo.
Este livro conta a história de Zezé e sua relação com um pé de laranja lima e a sua descoberta, de como é ser gente grande muito antes do tempo.
Zezé era um rapazinho muito interessado pela vida, adorava saber e aprender coisas novas, novas palavras, palavras difíceis...estava a crescer.