Vieram de autocarro para ver o Sr. Dr. de Lisboa.
E vieram de Famalicão, Freixo de Espada à Cinta e outras partes do País para onde certamente imigraram os Lisboetas descontentes com o que se passou em Lisboa nos últimos dois anos. E lá estavam na frente do Hotel Altis a serem interrogados pelas televisões e a dizerem sem vergonha que tinham vindo na camioneta do partido que os tinha ido buscar para visitar Lisboa e bater palmas ao Sr. Dr. de Lisboa.
Coisa linda...parecia a UNIÃO NACIONAL do tempo de antigamente (por este comentário já se vê que estou a começar a ficar um cota do caraças).
Pois eu fiquei em segundo lugar e ganhei! Votei no Carmona. Já tinha votado da primeira vez e não vi objectivamente qualquer impedimento para o fazer de novo.
O kiko numa volta que demos pela cidade, e já depois de se saber que o Costa tinha ganho, dizia-me: - Pai aquele senhor da gravata azul deve estar muito contente por ter ganho...tem a fotografia dele por todo o lado!
Quis mostrar-lhe quem era o Carmona, mas nada de fotografias. Só do Costa, do Negrão, daquele senhor do PC e da Roseta.
Os Lisboetas votaram menos do que sempre. A maioria foi curta mas isso agora não interessa nada. O G'anda Noia terá de rever a sua política e talvez vá abaixo. O CDS em 30 anos deixou de ter representação...? A Leninha vai de bicla. O Zé já começou a fazer ameaças e os outros voltam para as suas vidinhas.
Não me admiraria muito se o Costa que agora terá de pedir às oposições autorização até para comprar um bebedouro para o corredor do segundo piso do edifíco da câmara, venha a ser castigado daqui a dois anos por não ter feito o trabalho que lhe competia.
É que poucos lhe irão perdoar por ter falhado depois de o Sr. Pinto de Sousa vir dizer que ele era o MAIOR (e melhor) para a cidade e que mais competente não há. Ta qual o anúncio de um qualquer detergente branqueador. Sim porque estas eleições também serviram para branquear as muitas nódoas que tinham feito os Joões e os Jorges que por lá passaram.
Eu gosto muito da minha cidade. Gosto dos tempos que por cá se vivem. Não gosto é de ter de esperar muito mais pelo tempo que já devia ter chegado.
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