25 de julho de 2007

SMSs, MSNs, e-MAILs e outros blás blás blás...



Tenho desde miúdo uma apetência natural por gadjets.

Lembro-me de ser sempre eu que era chamado para instalar tudo o que tinha mais de um fio ou mais do que uma valvula. Sim...naquele tempo havia valvulas...

Apanhei um dos maiores cagaços da minha vida quando um amigo recém chegado dos EUA e tendo trazido uma "aparelhagem" XPTO, me pediu que fosse lá a casa fazer a instalação. Eram 4 colunas e seis elementos, entre amplificadores, leitores de cassetes e cartuchos, gira-discos e sintonizador.

Claro que fui, e sem ler a porra das instruções (para que é que interessava aquela quantidade infindável de folhetos e cadernos agrafados com quilos de papel) liguei tudo na perfeição até ligar a corrente ...BUUMMM! foi um estoiro e peras!
Nunca mais me tinha lembrado da diferença dos 110 para os 220v. Felizmente a coisa estava protegida por 2 ou 3 fusíveis dos bons e até trazia uns suplementares para os infelizes como eu.

Feito este bocado de história, observo hoje o Francisco, com 5 anos, que já domina com destreza tudo o que é gadjet e desconfio que também não irá ler muitas das instruções que acompanharão os gadjets que irá usar pela vida fora.

Mas o maior problema associado a estas coisas nem sempre é a falta de leitura das instruções de uso, mas sim das outras letrinhas mais pequenas que habitualmente aparecem a acompanhar as primeiras. As advertências... que ninguém lê.

Aí se chega a estes novos meios de comunicação. Os SMSs, MSNs, eMAILs e outros blás blás blás...que não sei se virão ou não com as tais letrinhas pequenas. Aquelas que se calhar deveriam dizer que a comunicação através destes meios é diferente.

Que expressar sentimentos ou emoções é muito mais do que colocar simbolos.

Que demonstrar sentido de humor não é escrever LOL no fim da frase.

Que quando se quer falar com alguém...há que efectivamente fazê-lo.

Eu vou continuar a usar estas tralhas todas mas recuso-me a deixá-las falar por mim e definitivamente a falar em vez de mim.

Prefiro pensar que somos feitos à imagem daqueles aparelhos de antes...com válvulas, que é preciso deixar aquecer antes de obter deles os melhores resultados.

E até já inventaram a telefonia móvel...e é global.

Sou daqueles seres estranhos que mesmo para falar com um colega do lado não mando SMSs, MSNs, e-MAILs e outros blás blás blás...

E a propósito de a falar é que a gente se entende encontrei o seguinte texto num outro blog:

Alexander Graham Bell (1847-1892) é reconhecido, habitualmente, como o inventor do telefone (1876). Oriundo de uma família em que era patente a preocupação com o estudo da voz e dos sons (o avô e o pai interessaram-se por estas matérias), Bell trabalha com surdos, em Boston, abrindo a sua própria escola. Foi também professor da Universidade daquela cidade, a partir de 1873, altura em que é evidente o seu interesse pela telegrafia e os “métodos” de transmitir sons.Em 1876, finalmente o telefone ! Antonio Meucci (1808-1896) , italiano, é por muitos outros considerado o verdadeiro inventor do telefone. Depois de se ter estabelecido em Nova Iorque, por volta de 1850, terá desenvolvido o primeiro “telefone”, um dispositivo que transformava impulsos eléctricos em sons e que instalou em 1857, ligando a sua fábrica de velas de cera ao escritório. O Nome? “Telégrafo Falante”!
Uns anos antes, Samuel Morse desenvolvera o telégrafo (pedido de patente em 1838 e primeira transmisão em 1844, entre Washington e Baltimore) e inventara um código a utilizar nas transmissões, composto por pontos e traços, o famoso código morse que ainda hoje se utiliza. Vivia-se uma época em que se procurava tornar as comunicações mais fáceis!

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